Wednesday, October 30, 2024

2 - Masdar e sua aventura

 

SEGUNDO CONTO:  Masdar e sua aventura.

 

      Num longínquo vilarejo a oeste de um distante e desconhecido país vivia uma pessoa de sexo masculino cujo condinome era “Masdar”, era um espião infiltrado na cidadezinha para descobrir algo que não era comentado, já que era ultra-secreto.

      É assim que se inicia nossa estória... Um dia bastante alegre e ensolarado, as flores rebolavam ao cantar dos ventos, enquanto que o céu se desdenhava num límpido azul, os pássaros cantavam alegremente enquanto que os peixes gorgolejavam sem pestanejar. Um cachorro ladrava com desespero enquanto que num formigueiro ali perto as formigas trabalhavam vertiginosa e incessantemente. As galinhas cacarejavam e finalmente nosso herói de Masdar trabalhava em seus estudos ultra-secretos, os quais neste momento não posso revelar por serem de caráter oculto à todas as pessoas que não sejam o próprio Masdar.

       Neste ambiente agradável e natural Masdar procurava pistas com sua lupa, que porventura fora comprada numa feira hippie há muito tempo atrás. Deparando-se com um exemplar de besouro de grande excelência parou sua caminhada por momentos para contemplar a criatura e inclusive disseca-la com um canivete suíço comprado não à tanto tempo quanto a lupa. O interior do inseto era de grande magnificência segundo as presunções do espião, uma opinião destas provinda dele era de grande valia já que era um exímio colecionador de besouros. Após longas horas de observação ao pequeno cadáver o guardou em um dos bolsos visando colocá-lo num recipiente à posteriori.

      Foi neste momento que notou estranho movimento num estabelecimento das proximidades, pois um homem trajado dum casaco negro bastante espesso andava de forma sinistra pelas ruas da cidade, Masdar pensou bastante antes de se decidir, pois sabia que as ações de um homem de bem deveriam ser muito bem planejadas e minuciosamente organizadas, foi neste momento em que pensou que este deveria tratar-se de um indivíduo bastante suspeito pois era um dia de calor, e não haviam motivos lógicos para se utilizar tal tipo de casaco. Num ato de total heroicidade correu em direção de onde havia visto o suspeito, porém como houvera ficado muito tempo estagnado em seus divagares sobre o caso ocorreu que este desaparecera de qualquer lugar por perto.

       Masdar sabia que a tristeza era uma das piores características que poderia ter um espião, por isso fingiu ficar alegre mesmo com o fato de fugir sua presa, neste momento deu um tapa no cachorro que ainda latia de forma contínua e avassaladora, neste momento calou-se o cachorro e inexplicavelmente os pássaros também. As formigas continuaram o trabalho, e as flores passaram a rebolar ao lado oposto do que faziam antes, tudo estava no comando do vento, comando do vento e comando do homem de negro... – Sim! Pensou Masdar, era evidente, pois tudo constava nos tratados e textos que houvera estudado. Este era o malévolo mestre do caos, estava em seus documentos ultra-secretos. Sem hesitar começou a correr como desesperado ao redor e através da cidade em busca de pistas que lhe aclarassem algo mais. Porém sem êxitos a única coisa que logrou foi exterminar a cidade e em conjunto as formigas que com muito esmero trabalhavam, também amassar à flores, que nesta altura já nem rebolavam nem faziam a aquisição de energia através da captação de luz solar.

       Para nossa tristeza este hilário espião jamais conseguiu completar sua missão, mas com seus frenéticos e incalculáveis atos conseguira destruir todo um vilarejo, muitos o reconhecem por irresponsável, outros ainda insistem em dizer que são aceitáveis seus atos, mas no final das contas o que importa é que nunca sabem quais são seus planos ultra-secretos, com exceção de min e de você leitor, ao qual fora citado de forma ilícita.

      Não nos atemos em dizer que seu trabalho fora inteiramente desperdiçado já que lograra completar sua coleção de besouros e ainda conseguira inusitadamente criar um poder incomensurável sobre as forças da natureza, era algo que tampouco ele entendia, ao final tudo se acerta com o devido destino.

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